Família em Movimento

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sábado, 23 de abril de 2016

Na relação familiar...

Há dia prometemos escrever uma publicação curta mas incisiva.

Resulta da aprendizagem que fazemos, das leituras, das conversas com os Sacerdotes e da própria condição de sermos uma família católica.
Se é o nosso caminho por que não partilhar? Assim faremos.

Advertência prévia: não é fácil a sua implementação mas é o caminho que nos parece sensato, coerente e próprio de uma unidade de vida.

Feitas as considerações, seremos sucintos e esperamos que o método seja adequado.

Na relação familiar…

Qual a prioridade?
A nossa prioridade é a Família.

Dentro da prioridade o que reveste carácter de prioridade das prioridades?
O nosso cônjuge. Ponto. Não é discutível. A prioridade da mulher é o marido e vice-versa.



Que trato devemos dar ao nosso cônjuge?
O melhor. Que a nossa conduta passe por amar, mimar, elogiar, pedir desculpa quando e sempre que necessário, desculpar, agradecer e cuidar.
Definamos prioridade: fazer o outro feliz. A nossa prioridade é fazer o marido ou a mulher feliz. E Deus pedirá contas sobre isto, não tenhamos dúvidas.



Um exemplo prático na definição da prioridade?
Por exemplo o chegar a casa. Quando o marido chega a casa, ainda que os filhos corram todos para os seus braços à procura do beijo, a primeira pessoa a ser cumprimentada é a mulher. Só depois os filhos. E eles irão aperceber-se que a prioridade do pai é a mãe e a prioridade da mãe é o pai. Eles são o bom fruto do amor entre o casal. Mas o casal precede-os. E isso tem de ficar muito claro.

Não discutem?
Sim. Quem não discute? Mas evitem os pais (por favor) fazê-lo diante dos filhos. Que eles saibam que os pais vivem em harmonia. E a discussão a acontecer não deve ser reactiva. Deve-se deixar o pó assentar e depois, de forma pouco apaixonada, discutir. Mas no fim da discussão um abraço e o pedido de desculpa. É difícil porque somos seres humanos com emoções. Exige treino. Mas chega-se lá. 

Nessa harmonia há alguma dica?
Sim, várias. 
- Nunca contradizer o outro. Se algo foi menos claro ou gera desacordo deve ser debatido em privado e, se necessário, emendar. Os filhos apreciarão a coerência.
- Cá em casa a pasta das finanças está entregue à esposa. As relações com o exterior é uma pasta do marido. 
- Uma única conta bancária.
- Não há assuntos ocultos.
- Todos trabalham e não há uns a ler o jornal enquanto outros trabalham.
- Santificar tudo quanto se faz; até fazer a cama. Como? Façamo-la com brio e que fique impecavelmente feita. Ofereça-se a Deus esse pouco que é muito.

O casamento não cai em rotina?
Cai se não formos operativos. As rotinas quebram-se. 
Por exemplo e já o escrevemos: todos os meses há um fim de semana do casal. 
Os filhos podem ficar nos avós (que muito agradecem) e aquele Sábado e Domingo é nosso. 
Haja lugar ao passeio, ao restaurante, ao cinema, ao teatro, ao concerto no CCB... 
Antecipe-se esse fim de semana e programe-se para ser difereciado. Haja cuidado com ele por via a trazer para dentro do casal o que o casal dele espera. Deste modo muitas forças se recuperam e o casal vive debaixo da intensidade do amor que os une. O casamento não entra em rotina porque não há espaço para ela. 

E na educação dos filhos?
Nunca educar pelo medo. Consigamos (exige treino) que eles queiram fazer o bem. Essa é a educação. Que os filhos sejam educados a querer o bem (que é diferente de não fazer o mal) pelo exemplo e não por decreto.
Mais. Isso deve acontecer para que possamos, paulatinamente, sair. E se assim for, nessa data, eles irão fazer – por si mesmos – o bem que será consequência da nossa educação feita com amor.

Devemos viver para os filhos?
Não. Devemos viver em harmonia sabendo o lugar destacadíssimo que cada um ocupa. Mas nunca viver em função dos filhos e para os filhos. Porquê? Porque viver nesse cenário até à natural saída deles de casa implicaria duas situações: A primeira uma angústia incontrolável pela não presença deles na nossa vida. A segunda, o viver com um estranho. Sim, seria isso que aconteceria se vivêssemos em função dos filhos. Quando saíssem perguntaríamos ao nosso marido ou mulher: «Quem és tu?» 
Pois é! Que duro é reencontrar o nosso cônjuge 20 anos depois. Vamos falar de?!? … pois.

E o trabalho profissional?
Se daqui a 20 anos formos uns grandes profissionais, reputados, estimados e quiçá ricos mas estivermos divorciados e considerados pelos filhos maus pais e mães, seremos uns infelizes. 
A felicidade vem pela família.
Logo, que as actividades profissionais não afectem negativamente a célula familiar que é a nossa prioridade. 
Haja ordem.

5 comentários:

  1. Ui! Na mouche! Há aqui uns belos pontos para refletir... e pôr em prática. :-)

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    1. Mesmo Mimi!
      Não é fácil e há tropeços, mas todos os dias temos uma nova oportunidade de fazer melhor! :D

      Um beijinho

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  2. Concordo tanto! Pena que o meu marido não...

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    1. Bom dia!
      Agradecemos o comentário e rezaremos por si e família.
      É um caminho longo e sempre a ser corrigido. Exige treino. Não somos educados desta forma. Educamo-nos.
      Por outro lado, mudar o que está enraizado demora.
      Hoje apanhámos a primeira rosa do nosso jardim. E fomos colocá-la junto da imagem de Maria. Mas essa mesma rosa havia sido plantada no Inverno.
      Também aqui há uma exigência de paciência e muita perseverança.
      Se nos permite, coloque-se debaixo da protecção de Santa Mónica, mãe de Santo Agostinho. Foi a perseverança dela que fez de Agostinho o Santo que conhecemos.
      Deus sabe quem é. Rezaremos por vós.
      Bem-haja

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  3. Anonima
    Tudo é possível, porque Deus é o Deus do impossível. Novas estratégias. Deus é imaginativo. Fale com o seu pároco. Quem sabe tem ideias novas para dar?
    Rezamos por si

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